domingo, 26 de dezembro de 2010

Missão dada parceiro é missão cumprida

Não sei se todo mundo sabe, mas eu sou estudante de Direito. Estudo na Faculdade Jorge Amado que apesar de não ser a maior ou melhor faculdade do mundo, não deixa a desejar no quesito bons professores e colegas. Apesar de bom ser uma palavra que quando associada a uma pessoa lhe empresta uma áurea agradável, bom não expressa o tipo de profissional que eu quero ser.
Mas como assim não quer ser uma boa profissional ? é simples. Bom não é suficiente, é mediócre no sentido de mediano. E num mundo onde existe meio mundo de profissionais de direito bons, ser bom significa ser apenas mais um. E é evidente que os 900 e tantos reais empregados na minha formação educacional/profissional todo mês, custam bastante caro para eu me tornar apenas mais uma.
Por conta disso me decidi: Acabou-se média 7 na minha vida acadêmica (apesar de achar que uma pessoa 70 % não seja tão ruim assim), acabou-se provas finais no fim do semestre, acabou-se a mediocridade. Estabeleci como meta para 2011.1 e os outros 7 semestres que ainda virão médias assim de 8 sempre. e isso significa que não pretendo "perder" em nenhuma matéria, ou melhor significa que eu não vou perder em nenhuma matéria. Afinal, quem iria contratar um profissional que sempre passou na média enquanto estudou, Com a possibilidade de profissionais maravilhosos quem vai contratar um profissional meia-boca? dentre as possibilidades que os escritórios terão de estagiários com toda certeza eles não escolherão os medianos, todos querem os melhores trabalhando ao seu lado.
E por falar em melhor ao lado, eu terei ao meu lado, me ajudando a cumprir essa meta, que hoje também é dele, nada menos do que Cleuber Augusto de Souza Fagundes . Esse nada menos quer dizer que o sujeito é importante. Muito inteligente, tem aquela aparência séria sem ser chato, muito pelo contrário, é um dos sujeitos mais divertidos que eu conheço, cheio de resenhas. Ou seja, aquelas horas de estudo que poderiam ser absolutamente chatas, terá um toque especial, e com certeza ele será uma peça muito importante no meu processo de aprendizado. se tem alguém que eu faço questão de que seja meu colega no dia da formatura é ele. E eu não vou deixar ele se perder semestre a dentro. rsrsrs. Tenho certeza de que assim como eu (olha a modéstia) ele será um profissional maravilho, de quem eu terei orgulho em dizer que se formou comigo e eu tive o prazer de conviver por 5 anos.
Pois bem já combinamos, eu e ele, algumas horinhas de estudo semanais não nos farão mal algum. Nos farão muito bem eu diria, e vai permitir que realizemos os nossos sonhos profissionais, que apesar de não estarem tão bem definidos hoje, estarão amanhã. Mas sonhos puramente não vão nos encher a barriga, não vai nos dar motivos de orgulho mais na frente. O que nos deixará felizes de olhar para traz é a certeza de que realizamos, a certeza de o futuro que nós queríamos chegou, é realidade. Mas para isso nós precisamos começar a construir a base de sustentação e neste momento isso quer dizer: ESTUDAR.
Estudar para ser alguém na vida. Sem perder o gosto da vida é claro.


Tem uma frase que Keu me disse quando "propus" a ele estudar comigo e estabelecemos essa meta. é curta, mas diz tudo.

"... E MISSÃO DADA PARCEIRO(A), É MISSÃO CUMPRIDA"

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Lei de ficha limpa

A lei de ficha limpa partiu de um projeto de lei de iniciativa popular por meio do qual a sociedade brasileira tenta diminuir o acesso de corruptos ao cenário político brasileiro, usando como instrumento para tal, esta lei que viria a tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidade.

A ficha limpa, bem como todos os projetos de lei que partem de iniciativa popular, carrega no seu corpo um grande peso decorrente da mesma representar a vontade do povo. Por esse mesmo motivo, esses projetos de lei tendem a lograr aceitação do legislativo, pois a não aceitação do projeto representaria, por conseguinte um desvirtuamento do legislativo, que na sua essência seria órgão representante do povo e da sua vontade. Mas o fato é que a necessidade de uma iniciativa popular para que uma lei seja concebida e a vontade soberana da população seja respeitada, por si só já representa a falência dos órgãos do legislativo e de sua função essencial de representar o povo. Pois se existe a necessidade da população fazer o trabalho pelo qual os senadores e deputados foram eleitos e bem pagos para fazer, existe também a não representação da vontade popular e o não cumprimento satisfatório de sua função, que é atender por meio de lei os anseios da sociedade.

O caso da lei da ficha limpa representa exatamente essa situação. O Poder Legislativo por não cumprir com sua função viu-se pressionado pela expressa vontade popular e aprovou com maioria na câmara dos deputados e unanimidade no senado o projeto de lei de ficha limpa que foi sancionado sem vetos pelo presidente em exercício Luis Inácio Lula da Silva. Poderíamos dizer que esta foi uma vitória espetacular da vontade do povo, e por tanto uma manifestação incontestável da democracia, mas não parou por aí. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) propôs uma emenda nesse projeto de lei, alterando a sua expressão original "que tenham sido condenados" para "que forem condenados" fazendo da ficha limpa um mecanismo de exclusão apenas para os futuros criminosos protegendo do rigor da lei os que sabidamente já fazem parte da lista de criminosos do país.

Foi nesse contexto que o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal Eleitoral foram chamados a esclarecer pontos que geraram dúvidas; a lei estará com um problema semântico, ou o texto da lei é claro quando tira do seu alcance políticos com Paulo Maluf? Essa lei valerá para as eleições de 2010? E sua aplicação nesta eleição viria a ferir o texto da constituição? O fato é que estamos às vésperas das eleições e ainda existem impasses quanto a essas questões. No que diz respeito ao texto da lei, que poderia nos dar uma sensação de problema apenas semântico, existe o problema da retroatividade. Deve a lei voltar no tempo prejudicando aqueles que teriam um direito já adquirido? Respondendo a essa questão o presidente do STE Ricardo Lewandowski diz que a lei de ficha limpa não pune os políticos e que a mesma funciona apenas como um critério de seleção, sendo semelhante ao sistema de credito, que em caso de dividas não nos concede credito até seja regularizada a situação com os credores. O STE pactuando dessa ideia diz que lei de ficha limpa deve ser empregada ainda nas próximas eleições. Porém alguns políticos cujas candidaturas foram indeferidas levaram a questão ao STF, órgão no qual houve grande impasse e a discussão terminou empatada em cinco a cinco. O empate, segundo lei de regimento interno do STF, diz que a lei deve ser considerada válida, porém cogita-se a hipótese de esperar o presidente Lula indicar um novo ministro que irá votar, desempatando a situação.

Desta forma o impasse as vésperas da eleição continua, mas o fato é que a decisão do Supremo Tribunal Federal mexe profundamente com o interesse da população, cujo percentual de 85 % é a favor da aprovação da lei de ficha limpa para as eleições de 2010 e já manifesta sua vontade assinando manifesto a favor da constitucionalidade da ficha limpa e o endereçando aos ministros do supremo, acreditando que estes farão valera lei maior, a vontade soberana do povo, que neste momento esta em busca da proteção a probidade e a moralidade necessárias ao exercício dos cargos públicos.


Camila Braga da Cruz , feito em : 26/09/2010